1 - Formação e Contexto Mesopotâmia (6.000 aC – 331 aC )
Baixo relevo - soldados da guarda real Pérsia
A Mesopotâmia era uma região do Oriente Médio, delimitada entre os rios Tigres
e Eufrates, correspondente ao território do atual Iraque. É considerada por
muitos historiadores como o berço da civilização. Esse território foi habitado
por vários povos, como Sumérios, Assírios e Babilônios.
Na
civilização mesopotâmica, com o fim do período neolítico, emergiu uma nova
orientação para a vida. Surgem os primeiros modelos de cidades que conhecemos
hoje, marcadas pelo comércio e manufaturas independentes, aglomerações humanas
e diferenciação da população. A principal mudança para o novo modo de vida
residiu no fato de que a produção primária deixou de ser a ocupação principal,
dando lugar ao predomínio do comércio e da manufatura, devido às novas
necessidades de trocas de produtos e à divisão do trabalho.
Desse
modo, a cidade exerceu um novo efeito sobre a vida cultural. A cultura urbana
transformou a situação estacionária da arte neolítica, mas continuou a existir
uma ação conservadora frente a essa arte por parte da classe dominante,
procurando conservar as formas tradicionais de arte e culto.
2 -
Características da Mesopotâmia (6.000 aC – 331 aC )
A manifestação artística mais desenvolvida da
Mesopotâmia foi a arquitetura, com seus zigurates, torres em
formato de pirâmides para abrigar templos e palácios.
Zigurate
de Umanu - Suméria (2120 - 2004 ac)
O Zigurate constitui o edifício típico da arquitetura mesopotâmica. Trata-se de uma torre alta, de estrutura piramidal, dividida em pisos cada vez mais estreitos, erguida ao lado dos templos. as paredes, ligeiramente inclinadas para o interior, eram construídas com adobe e recobertas com tijolos. Acredita-se que essas imponentes atalaias serviam para encurtar a distância entre os sacerdotes ou reis e os deuses (ou como descanso terrestre da divindade).
Antecessores
das pirâmides, os zigurates eram proporcionalmente menores que
as construções do Egito, mas, formalmente, possuíam um desenho complexo,
obedecendo às modulações entre blocos geométricos de composição. Essas
construções foram amplamente desenvolvidas pelos sumérios e babilônios, e já se
utilizavam de tijolos, ladrilhos e argila.
Na escultura, podemos destacar os trabalhos
desenvolvidos pelos sumérios, assírios e babilônios, empregados para
representar os deuses a partir de formas animais ou híbridas (humano-animais),
que também seriam desenvolvidos pelos egípcios.
Carneiro de UR sobre a árvore da vida (3000 aC)
Carneiro de UR sobre a árvore da vida (3000 aC)
Já é
possível notar um grande aprimoramento técnico e material, com a utilização de
ouro, prata e pedra. Vale apontar o touro alado, que se tornou o símbolo dos
assírios e babilônios, do mesmo modo que o foi a esfinge para os
egípcios.
Touro alado
Eles se utilizavam muito
da técnica do mosaico e da pintura afresco (é uma técnica artística onde a pintura ocorre em tetos ou paredes. Esta técnica consiste em pintar sobre camada de revestimento de cimento fresco, gesso ou nata de cal. A pintura também pode ser realizada em revestimento úmido, desde que a tinta possa ser fixada).
Utilizavam o emprego da lei da frontalidade, que também seria amplamente desenvolvida pelos egípcios. Trata-se de um conjunto de técnicas para representar figuras tridimensionais em uma superfície bidimensional, incorrendo em sucessivos processos de distorção da imagem.
Utilizavam o emprego da lei da frontalidade, que também seria amplamente desenvolvida pelos egípcios. Trata-se de um conjunto de técnicas para representar figuras tridimensionais em uma superfície bidimensional, incorrendo em sucessivos processos de distorção da imagem.
Friso de arqueiros 404 - 359 ac
A Mesopotâmia foi responsável pelo amplo desenvolvimento da vida urbana e cultural do Oriente antigo.
Fonte: Curso Abra online e imagens do google.