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sexta-feira, 10 de outubro de 2014

História da Arte: Mesopotâmia (6.000 aC – 331 aC )


1 - Formação e Contexto                     Mesopotâmia (6.000 aC – 331 aC )

                                            Baixo relevo - soldados da guarda real Pérsia
A Mesopotâmia era uma região do Oriente Médio, delimitada entre os rios Tigres e Eufrates, correspondente ao território do atual Iraque. É considerada por muitos historiadores como o berço da civilização. Esse território foi habitado por vários povos, como Sumérios, Assírios e Babilônios.
 Na civilização mesopotâmica, com o fim do período neolítico, emergiu uma nova orientação para a vida. Surgem os primeiros modelos de cidades que conhecemos hoje, marcadas pelo comércio e manufaturas independentes, aglomerações humanas e diferenciação da população. A principal mudança para o novo modo de vida residiu no fato de que a produção primária deixou de ser a ocupação principal, dando lugar ao predomínio do comércio e da manufatura, devido às novas necessidades de trocas de produtos e à divisão do trabalho.
 Desse modo, a cidade exerceu um novo efeito sobre a vida cultural. A cultura urbana transformou a situação estacionária da arte neolítica, mas continuou a existir uma ação conservadora frente a essa arte por parte da classe dominante, procurando conservar as formas tradicionais de arte e culto.
2 - Características da Mesopotâmia (6.000 aC – 331 aC )
A manifestação artística mais desenvolvida da Mesopotâmia foi a arquitetura, com seus zigurates, torres em formato de pirâmides para abrigar templos e palácios.
                                      Zigurate de Umanu - Suméria (2120 - 2004 ac)


O Zigurate constitui o edifício típico da arquitetura mesopotâmica. Trata-se de uma torre alta, de estrutura piramidal, dividida em pisos cada vez mais estreitos, erguida ao lado dos templos. as paredes, ligeiramente inclinadas para o interior, eram construídas com adobe e recobertas com tijolos. Acredita-se que essas imponentes atalaias serviam para encurtar a distância entre os sacerdotes ou reis e os deuses (ou como descanso terrestre da divindade).
Antecessores das pirâmides, os zigurates eram proporcionalmente menores que as construções do Egito, mas, formalmente, possuíam um desenho complexo, obedecendo às modulações entre blocos geométricos de composição. Essas construções foram amplamente desenvolvidas pelos sumérios e babilônios, e já se utilizavam de tijolos, ladrilhos e argila.
Na escultura, podemos destacar os trabalhos desenvolvidos pelos sumérios, assírios e babilônios, empregados para representar os deuses a partir de formas animais ou híbridas (humano-animais), que também seriam desenvolvidos pelos egípcios.
                                         Carneiro de UR sobre a árvore da vida (3000 aC)
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Já é possível notar um grande aprimoramento técnico e material, com a utilização de ouro, prata e pedra. Vale apontar o touro alado, que se tornou o símbolo dos assírios e babilônios, do mesmo modo que o foi a esfinge para os egípcios. 
                                            
Touro alado
Eles se utilizavam muito da técnica do mosaico e da pintura afresco (é uma técnica artística onde a pintura ocorre em tetos ou paredes. Esta técnica consiste em pintar sobre camada de revestimento de cimento fresco, gesso ou nata de cal. A pintura também pode ser realizada em revestimento úmido, desde que a tinta possa ser fixada).
Utilizavam o emprego da lei da frontalidade, que também seria amplamente desenvolvida pelos egípcios. Trata-se de um conjunto de técnicas para representar figuras tridimensionais em uma superfície bidimensional, incorrendo em sucessivos processos de distorção da imagem.
Friso de arqueiros 404 - 359 ac

A Mesopotâmia foi responsável pelo amplo desenvolvimento da vida urbana e cultural do Oriente antigo. 
Fonte: Curso Abra online e imagens do google.

História da Arte: Período Neolítico (10.000 aC – 6.000 aC)

NEOLÍTICO (10.000 aC – 6.000 aC)
 Pintura em caverna ao norte da África
1 - Formação e contexto 
A maior transformação ambiental ocorrida no Mesolítico, período de transição entre o Paleolítico Superior e o Neolítico, foi a mudança dramática da temperatura da Terra, devido a acontecimentos naturais. Durante todo o período Paleolítico, o clima foi predominantemente glacial, com temperaturas muito baixas. Entre os anos 25.000 e 10.000 aC, aproximadamente, houve uma contínua alteração desse clima em direção ao aquecimento da temperatura terrestre, que finalmente se estabilizou no clima temperado.
A transformação radical no ambiente material provocou mudanças no modo de subsistência, de cultura espiritual e artística. É nesse contexto que surge o período Neolítico (pedra nova). O indivíduo passa a se organizar em grupos sedentários e troca a
 caça pela agricultura, a magia natural por uma magia espiritual e a arte naturalista pela arte estilizada e geométrica
Todas essas transformações aconteceram por uma razão: a grande transformação ambiental ocorrida incutiu um senso de insegurança do homem frente à natureza, exigindo novos meios para se relacionar com ela, como, por exemplo, o sedentarismo em oposição ao nomadismo, o cultivo ao invés do extrativismo etc.
O homem neolítico deixa de ser extrativista para ser cultivador, domesticando animais e plantas, controlando certos meios naturais de subsistência. Com isso, ocorre uma melhor organização da matéria-prima para o trabalho e necessidades futuras: cultivo da terra, animais domesticados, ferramentas mais desenvolvidas e divisão do trabalho. Essa transição do extrativismo para o cultivo mudou o ritmo da vida humana, pois os nômades se transformaram em comunidades sedentárias e os grupos desarticulados se articularam.
No aspecto espiritual também houve mudanças. O cultivo levou a uma crença na direção do sobrenatural, dotado de razão e poderes para determinar o destino humano. A consciência da dependência natural leva o homem em busca de um controle sobre ela (culto aos espíritos por segurança), ligando-se a forças sobrenaturais.
É o que se chama de “animismo”, a divisão do mundo em duas instâncias: corpo e espírito, mundo terreno e mundo dos espíritos.

2- Características do Período Neolítico (10.000 aC – 6.000 aC)

O período Neolítico pode ser caracterizado pela estilização geométrica.
A pintura foi a primeira manifestação estilizada da história da arte.
Essa mudança de estilo corresponde a uma transformação da cultura e da civilização. Começa o processo de transformação da arte, substituindo a representação das formas concretas por sinais e símbolos, abstrações e abreviaturas, interpretações, distorções. É o que se pode nomear de des-naturalização: a tradução de uma ideia por meio de meios estilizados, ou seja, com maior traço de modificação do objeto do que o naturalismo.
 As causas da mudança de estilo se deu pela transição da vida econômica da fase parasitária para a fase produtiva e construtiva; substituição do monismo, da magia natural, pelo dualismo do animismo – concepção de um mundo que não depende apenas de si mesmo, mas também do outro.
Esse estilo tem sua hegemonia aproximadamente entre 10.000 e 5.000aC e as razões para a sua grande duração residem na concepção artística uniforme, somada a características sociais igualmente uniformes, criando, desse modo, uma base estável para a manifestação cultural. 
As principais características estilísticas foram: os temas eram cenas de caça e rituais mágicos.; as técnicas a serem utilizadas eram sinais esquemáticos e convencionados que sugerem mais do que reproduzem (hieróglifos). No desenho temos dois ou três esboços geométricos sintéticos: uma reta vertical para o corpo e duas semi-circunferências, um para cima e outra para baixo, para braços e pernas; a sua função está ligada à religião, mas busca também a criação de formas decorativas simples e agradáveis.
Em relação à arquitetura, como o homem ainda habitava as cavernas, as primeiras construções tiveram função ritual: tumbas mortuárias (dolmens) e templos cerimoniais (cromlech).
Dolmens
• As construções mais elementares. São formadas por praticamente três ou quatro blocos de pedra: duas paredes, um teto e um fundo.
• Modelo construtivo que será a base dos Cromlechs e de toda a arquitetura até hoje.
Dolmen de San Alban, Espanha



Cromlech 
• A partir da construção elementar dos dolmens, grandiosos círculos cerimoniais, templos em que se realizavam os rituais religiosos.
Cromlech de Stonehenge


O Período Neolítico (período da pedra nova) é idade em que o homem torna-se sedentário, inventa a agricultura e a pecuária; surgem novos utensílios (metais); novas atividades: cerâmica, cestaria, tecelagem; a arte  naturalista pela arte estilizada (cria esquemas para a sua representação e está ligada a prática agrícola) e geométrica; os cultos agrários (representavam a deusa Terra-Mãe: símbolo da fertilidade e da renovação anual da vegetação) e os cultos funerários (preocupação com a vida depois da morte).
Fonte: Curso do Abra online e imagens do google.

História da Arte: Introdução: Idade Pré-Histórica (1 milhão – 4.000 aC) Período Paleolítico

História da Arte
                Idade Pré-Histórica (1 milhão – 4.000 aC)
Cena de caça ( período neolítico)
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Introdução
 Compreende-se por Pré-História: o período que antecede ao uso da escrita, as fases de transformações da espécie humana, das descobertas, práticas e modos de organização que se tornaram marcantes para o desenvolvimento da vida humana em momentos seguintes. Descobre-se o fogo e o abrigo, desenvolve-se a arte, a organização sedentária, a religião etc.
Etapas dos períodos da pré-história e suas descobertas:

Paleolítico inferior: 350.000 a.C - o fogo, abrigo em grutas.
Paleolítico médio: 350.000 - 75.000 a.C - as pedras.
Paleolítico superior: 75.000 -15.000 a.C - arte, totens, armas.
Mesolítico: 15.000 - 10.000 a.C - animais domésticos, conceito da alma.
Neolítico: 10.000 - 6.000 a.C - pecuária, agricultura.
1 - Paleolítico Superior (75.000 aC - 15.000 aC)
Mamute pintado nas cavernas de Lascaux, França
 O que a cultura ocidental compreende por “arte”, surge no momento em que o ser humano adquire a capacidade de pensar, ou seja, chega ao estágio do homo-sapiens, no período Paleolítico Superior (pedra antiga) da Pré-História.
Antes disso, no Paleolítico Inferior, com os hominídeos (1 milhão de anos aC), ocorreu a descoberta do fogo e o início do abrigo em cavernas. No Paleolítico Médio, o homem de neandertal (350.000aC) desenvolveu as pedras objetos e os objetos domésticos.
O Paleolítico é a idade dos caçadores nômades, que vivem do extrativismo – capturam os meios de subsistência ao invés de produzi-los – e, por essa razão, a arte produzida por eles foi marcada por tal meio de subsistência. Os caçadores viviam num estado de individualismo primitivo, não se organizavam em comunidades sedentárias e tinham como atividade religiosa o culto mágico da fertilidade e da caça, assuntos que estavam ligados à vida cotidiana, ou seja, à subsistência. Sua cultura espiritual não possuía a organização religiosa que conhecemos hoje, com cultos e rituais bem estabelecidos, nem assumia a crença na vida após a morte.
A vida desses indivíduos era extremamente prática, visto que tudo girava em torno da preocupação com a obtenção de alimentos. A arte surge nesse contexto como satisfação do objetivo da caça, ou seja, de satisfazer as suas necessidades básicas. Era um instrumento de prática mágica, dotada de funções práticas, visando diretamente a obtenção dos meios de subsistência.
2 - Características  do Período Paleolítico Superior (75.000 aC – 15.000 aC)
A primeira forma de arte foi a escultura. No início eram pedras encontradas que tinham relevos semelhantes a formas já conhecidas de animais. Logo após, passou-se para pedras esculpidas com formatos de animais e, finalmente, formas femininas – as chamadas vênus esteatopígias, que eram símbolos de fecundidade e de beleza.


A Vênus de Willendort, de contornos e traços sexuais acentuados, foi interpretada como símbolo da fertilidade.
 Esse era o homo-sapiens, o primeiro indivíduo com capacidade de pensar racionalmente e que passou a utilizar sua capacidade para a criação e ampliação da vida. Desse modo, vemos que a arte era peça fundamental na primeira forma de pensamento.
 Mas a maior descoberta desse período foi a pintura. A primeira pintura foi descoberta nas cavernas de Lascaux, na França: uma mão, nas proporções humanas, em negativo, contornada por pigmentos.                                                                    Mão em negativo
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 Tal descoberta é compreendida pelos historiadores como de valor lúdico e casual, mas que será a técnica fundamental para a mais requintada expressão artística do período: a pintura rupestre.
Os animais pintados nas cavernas nutriam uma semelhança impressionante com as formas naturais e, nesse caso, o naturalismo como um ato de duplicação do modelo explica o seu sentido mágico para o indivíduo do paleolítico, pois a pintura deveria ser fiel para a evocação se consagrar.
As pinturas fazem parte da técnica deste processo de magia: eram aratoeira em que a caça havia de cair, ou a ratoeira com o animal já capturado.
                                               Cavalo sendo caçado. Lascaux
Nos desenhos estavam contidas, simultaneamente, a representação e a coisa representada, o desejo e a realidade do desejo. O pintor e o caçador tornavam-se uma coisa só, sendo que a posse do objeto era visualizada por meio de sua representação. A projeção sobre a imagem atingia o objeto, acreditando-se que a representação antecipava o efeito desejado.
Essas pinturas nos dão uma impressão visual de forma direta e pura, sem a grande presença intelectual, ou seja, sem a “estilização” que caracterizará o período Neolítico. O artista do Paleolítico pinta o que vê, sem preocupações de alterar a composição a partir da capacidade criativa. Pinta o que pode apreender num determinado momento e sob certa perspectiva do objeto. O pensamento existia, pois ele era o homo-sapiens, mas não a preocupação de fazer da arte um projeto de explicação do seu mundo. É a tradução da realidade de modo direto. 
As características estilísticas da pintura rupestre são:
Tema: animais ou cenas de caça. Ainda não está presente a representação humana.
Técnica: representação naturalista (detalhamento formal dos traços formadores do corpo e seu movimento); linhas grossas em preto, com coloração (em alguns casos) avermelhada.
Função: incorporado ao ritual mágico de caça, mas também com função decorativa e reorganização do espaço habitacional.
O Período Paleolítico (período da pedra lascada) é a idade dos caçadores nômades que vivem do extrativismo, pois fabricavam seus instrumentos; dominavam o fogo; praticavam a pesca e a caça; utilizavam rituais mágicos e funerários; utilizavam da arte rupestre, (pintura e gravura, sendo feitas em grutas, cavernas e ao ar livre, sendo desenhos de animais, figuras humanas e mãos) e arte móvel (escultura, gravuras, sendo figuras femininas Vênus e animais), sendo a arte naturalista, que buscava a prática da magia natural.
Fonte: Curso do Abra online e imagens do google.

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Significado de Artes Cênicas e Cenografia


Artes cênicas

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
As artes cénicas (português europeu) ou artes cênicas (português brasileiro) (chamadas ainda de artes performativas) são todas as formas de arte que se desenvolvem num palco ou local de representação para um público. Muitas vezes estas apresentações das artes cênicas podem ocorrer em praças e ruas. Assim podemos dizer também que este palco pode ser improvisado. Ou seja, o palco é qualquer local onde ocorre uma apresentação cênica. Podemos destacar as seguintes classes:
(assim como happening, são formas de expressão artísticas que podem ser também consideradas cênicas).

Cenografia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Cenografia é a uma artetécnica e ciência de projetar e executar a instalação de cenários para espetáculos. Alguns autores confundem com um segmento da arquitetura. Entretanto, a arquitetura cênica ou arquitetura cenográfica se ocupa mais especificamente da geração dos cenáriosarquitetônicos internos ou externos.
A cenografia é parte importante do espetáculo, pois conta a época em que se passa a história, e conta o local em que se passa a história, pelo cenário podemos identificar a personalidade dos personagens.
Para os gregos antigos, a cenografia era a arte de adornar o teatro e a decoração de pintura que resulta desta técnica. Para o Renascimento, a cenografia foi a técnica que consiste em desenhar e pintar uma tela de fundo em perspectiva. Já no sentido moderno, é a ciência e a arte da organização do palco e do espaço teatral. A palavra se impõe cada vez mais em lugar de decoração, para ultrapassar a noção de ornamentação e de embalagem que ainda se prende, muitas vezes, à concepção obsoleta do teatro como decoração.
A cenografia marca bem seu desejo de ser uma escritura no espaço tridimensional (ao qual seria mesmo preciso acrescentar a dimensão temporal), e não mais uma arte pictórica da tela pintada, como o teatro se contentou em ser até o naturalismo. A cena teatral não poderia ser considerada como a materialização de problemáticas indicações cênicas: ela se recusa a desempenhar o papel de “simples figurante” com relação a um texto preexistente e determinante.
Entre os profissionais envolvidos nas atividades de cenografia estão cenógrafo, cenógrafo assistente, cenotécnico, contra-regra, pintor, maquinista, forrador, estofador aderecista, pintor de arte, maquetista.

O que significa Dramaturgia.


Dramaturgia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Dramaturgia é a arte de composição do texto destinado à representação feita por atores. A palavradrama vem do grego e significa ação. Desse modo, o texto dramatúrgico é aquele que é escrito especificamente para representar a ação. O que se dedica a essa tarefa é o dramaturgo. O cerne da ação é o conflito. Toda ação em cena depende do conflito e da maneira como os diferentes personagens agem para atingir seus diferentes objetivos. O dramaturgo pode atuar na tragédia, nacomédia, no drama histórico, no drama burguês, no melodrama, na farsa e até mesmo no gênero musical. Entretanto, a dramaturgia não está relacionada somente ao texto teatral, ela está presente em toda obra escrita para as artes cênicas: roteiros cinematográficostelenovelassitcoms ouminisséries. A dramaturgia vêm, a cada ano, e como reflexo direto de evoluções no campo, nao só do social, mas também sendo o resultado de subjetivações, renovando-se esteticamente, incluindo a preocupação de ser também objeto de expansão de linguagem, com experimentos em que a própria grafia e o papel podem funcionar também como tela a aportar uma obra que tendo a ser também visual, experimentos que trazem avanços de linguagem dentro da própria lógica de sua estrutura. Experimentos que denotam, em si, um profundo conhecimento de toda a história anterior de seus avanços estéticos, bem como trazem no seu bojo implicações do que poderá ser o avanço da própria linguagem que a compõe.


Dramaturgia televisiva                                                                     

A dramaturgia criada para a televisão é conhecida como teledramaturgia e pode ser classificada da seguinte forma: programa unitárioseriadominissérie e telenovela. Esta última se distingue da"soap opera"gênero específico da televisão americana.


Aristóteles

Aristóteles definia dramaturgia como a organização de ações humanas de forma coerente provocando fortes emoções ou um estado irreprimível de gozo ou maravilhamento.

História do Teatro


História do teatro

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Ilustração de Konstantin Somov para "O Teatro" de Alexander Blok (1909).
teatro surgiu a partir do desenvolvimento do homem, através das suas necessidades. O homem primitivo era caçador e selvagem, por isso sentia necessidade de dominar a natureza. Através destas necessidades surgem invenções como o desenho e o teatro na sua forma mais primitiva. O teatro primitivo era uma espécie de danças dramáticas colectivas que abordavam as questões do seu dia a dia, uma espécie de ritual de celebração, agradecimento ou perda. Estas pequenas evoluções deram-se com o passar de vários anos. Com o tempo o homem passou a realizar rituais sagrados na tentativa de apaziguar os efeitos da natureza, harmonizando-se com ela. Os mitos começaram a evoluir, surgem danças miméticas (compostas por mímica e música).
Com o surgimento da civilização egípcia os pequenos ritos tornaram-se grandes rituais formalizados e baseados em mitos. Cada mito conta como uma realidade veio a existir. Os mitos possuíam regras de acordo com o que propunha o estado e a religião, eram apenas a história do mito em ação, ou seja, em movimento. Estes rituais propagavam as tradições e serviam para o divertimento e a honra dos nobres. Na Grécia sim, surge o teatro. Surge o “ditirambo”, um tipo de procissão informal que servia para homenagear o Deus Dioniso (Deus do Vinho). Mais tarde o “ditirambo” evoluiu, tinha um coro formado por coreutas e pelo corifeu, eles cantavam, dançavam, contavam histórias e mitos relacionados a Deus. A grande inovação deu-se quando se criou o diálogo entre coreutas e o corifeu. Cria-se assim a acção na história e surgem os primeiros textos teatrais. No início fazia-se teatro nas ruas, depois tornou-se necessário um lugar. E assim surgiram os primeiros teatros.


A consolidação do teatro, na Grécia Antiga, deu-se em função das manifestações em homenagem ao deus do vinhoDioniso ou Baco (em Roma).[1] A cada nova safra de uva, era realizada uma festa em agradecimento ao deus, através de procissões. Com o passar do tempo, essas procissões, que eram conhecidas como "Ditirambos", foram ficando cada vez mais elaboradas, e surgiram os "diretores de Coro", os organizadores de procissões. Os participantes cantavam, dançavam e apresentavam diversas cenas das peripécias de Dionísio e, em procissão urbanas, se reuniam aproximadamente 20 mil pessoas, enquanto que em procissões de localidades rurais (procissões campestres), as festas eram menores.

Teatro na Grécia Antiga                                                             

O primeiro diretor de coro foi Tespis, que foi convidado pelo tirano Pisístrato para dirigir a procissão de Atenas.[2] Téspis desenvolveu o uso de máscaras para representar, pois em razão do grande número de participantes era impossível todos escutarem os relatos, porém podiam visualizar o sentimento da cena pelas máscaras. O "Coro" era composto pelos narradores da história, que através de representação, canções e danças, relatavam as histórias do personagem. Ele era o intermediário entre o ator e a platéia, e trazia os pensamentos e sentimentos à tona, além de trazer também a conclusão da peça. Também podia haver o "Corifeu", que era um representante do coro que se comunicava com a platéia do acontecimento.
Em uma dessas procissões, Téspis inovou ao subir em um "tablado" (Thymele – altar), para responder ao coro,logo em seguida tespis se passou por Dionisio, fingindo que o espírito de Dioniso adentrou no seu corpo, e assim, tornou-se o primeiro respondedor de coro (hypócrites). Em razão disso, surgiram os diálogos e Téspis tornou-se o primeiro ator grego.

Destaques

Muitas das tragédias escritas se perderam e na atualidade são três Tragediógrafos conhecidos e considerados importantes: Ésquilo, Sófocles e Eurípedes.[1]
Ésquilo (525 a 456 aC aproximadamente) – Principal Texto: Prometeu Acorrentado. Tema Principal que tratava: Contava fatos sobre os Deuses e os Mitos. Ele morreu com uma tartarugada na cabeça enquanto andava pela praia.
Sófocles (496 a 406 a.C.aproximadamente) – Principal Texto: Édipo Rei. Tema Principal que tratava: das grandes figuras Reais.
Eurípides (484 a 406 a.C.aproximadamente) – Principal Texto: As Troianas – Tema Principal que tratava: dos renegados, dos vencidos (Pai do Drama Ocidental)
Aristófanes e a Comédia: Dramaturgo grego (445 a 386 a.C.). É considerado o maior representante da comédia antiga.


Tragédia grega                                                                                      

Muito se discute a origem do teatro grego e, conseqüentemente, das tragédias. Aristóteles, em suaPoética, apresenta três versões para o surgimento da tragédia. A primeira versão argumenta que a tragédia, e o teatro, nasceram das celebrações e ritos a Dionísio, o deus campestre do vinho. Em tais festividades, as pessoas bebiam vinho até ficarem embriagadas, o que lhes permitia entrar em contato com o deus homenageado. Homens fantasiados de bodes (em grego, tragos) encenavam o mito de Dionísio e da dádiva dada por ele à humanidade: o vinho. Esta é a concepção mais aceita atualmente, pois explica o significado de tragédia com o bode, presente nas celebrações dionisíacas.
A segunda versão relaciona o teatro com os Mistérios de Eleusis, uma encenação anual do ciclo da vida, isto é, do nascimento, crescimento e morte. A semente era o ponto principal dos mistérios, pois a morte da semente representava o nascimento da árvore, que por sua vez traria novas sementes. A dramatização dos mistérios permitiria o desenvolvimento do teatro grego e da tragédia.
A terceira concepção para o nascimento da tragédia, e a aceita por Aristóteles, é de que o teatro nasceu como homenagem ao herói dório Adrausto, que permitiu o domínio dos Dórios sobre os demais povos indo-europeus que habitavam a península. O teatro seria a dramatização pública da saga de Adrausto e seu triste fim.
A análise das obras dos principais autores trágicos, ÉsquiloSófocles e Eurípedes, como empreendida por Albin Lesky (A tragédia grega) e Junito Brandão (Teatro Grego: origem e evolução), nos conduz a um denominador comum da tragédia: o métron de cada um. Parte da concepção grega do equilíbrioharmonia e simetria e defende que cada pessoa tem um métron, uma medida ideal. Quando alguém ultrapassava seu métron, seja acima ou abaixo dele, estaria tentando se equiparar aos deuses e receberia por parte deles a "cegueira da razão". Uma vez cego, esse alguém acabaria por vencer sua medida inúmeras vezes até que caísse em si, prestes a conhecer um destino do qual não pudesse escapar.
A tragédia seria assim uma popularização do "mito de Procrusto". Este convidava os viajantes a se hospedarem em sua casa, mas tinha uma cama muito grande e outra cama minúscula. Durante a noite, Procrusto procurava adequar o viajante à cama escolhida, serrando os pés dos que optavam pela cama pequena ou esticando os que escolhessem a cama grande. O objetivo de Procrusto era colocar cada um na sua medida, ou melhor, no seu métron.
Como ensinou Aristóteles, a tragédia não era vista com pessimismo pelos gregos e sim como educativa. Tinha a função de ensinar as pessoas a buscar a sua medida ideal, não pendendo para nenhum dos extremos de sua própria personalidade. Para o filósofo de Estagira, entretanto, a função principal da tragédia era a catarse, descrita por ele como o processo de reconhecer a si mesmo como num espelho e ao mesmo tempo se afastar do reflexo, como que "observando a sua vida" de fora. Tal processo permitiria que as pessoas lidassem com problemas não resolvidos e refletissem no seu dia-a-dia, exteriorizando suas emoções e internalizando pensamentos racionais. A reflexão oriunda da catarse permitiria o crescimento do indivíduo que conhecia os limites de seumétron. A catarse ocorreria quando o herói passasse da felicidade para a infelicidade por "errar o alvo", saindo da sua medida ideal.
A questão da "medida de cada um" é recorrente na obra dos trágicos, mas trabalhada de forma diferente de acordo com a concepção de destino. O objetivo de Ésquilo era homenagear Zeus como principal deidade, prevendo o destino de cada um. Quando alguém tentava fugir de seu destino, por sair de seu métron, acabava cumprindo o destino escrito por Zeus. Basta ler a Oréstia para perceber a visão de destino e o papel de Zeus.
Sófocles, por sua vez, escreveu verdadeiras odes à democracia, pregando abertamente que somente ela poderia aproximar os homens dos deuses. Aquele que não respeitava a democracia (representada pelo coro), procurava se auto-governar e fugir de seu destino terrível, teria como resultado final aquele mesmo destino que destemidamente lutava contra. Para ele, o homem só encontraria sua medida na vida pública, atuando na pólis, por intermédio da democracia ateniense. Isso fica muito claro em Antígone (na oposição entre lei humana e lei divina, mostrando que a lei humana emanada pela democracia, ou coro se aproximava da lei dos deuses) e em Electra.
Em compensação, Eurípedes dizia que o coração feminino era um abismo que podia ser preenchido com o poder do amor ou o poder do ódio. É visto por muitos como o primeiro psicólogo, pois se dedicava ao estudo das emoções na alma humana, principalmente nas mulheres. Aristóteles o chamou de o "maior dos trágicos", porque suas obras conduziam a uma reflexão - catarse - que os demais trágicos não conseguiam. Numa sociedade patriarcal e machista, Eurípedes enfatizava a mulher e como ela poderia fazer grandes coisas quando apaixonada ou tomada de ódio. Defendia que o amor e o ódio eram os responsáveis pelo afastamento da medida de cada um. Podemos destacar Medéia e Ifigênia em Áulis como duas peças de Eurípedes nas quais os sentimentos e emoções são levados à flor da pele.

Cenários no século XIX

O interior do Comédie-Française em Paris, (França), onde se pode ver o palco, os camarotesgalerias e fosso daorquestra, a partir de uma aguarela do século XVIII.
No século XIX havia uma preocupação obsessiva com a autenticidade decenários. Até mesmo cavalos vivos subiam ao palco. O desenvolvimento tecnológico modificou todo o aparato técnico que cercava o espetáculo: luzescenáriossome efeitos especiais diversos.[3]
O cenógrafo suíço Adolphe Appia entendia os recursos cênicos como meios para colocar o ator no foco das atenções e propôs a iluminação como principal criadora de ambiência, num cenário vazio e abstrato. Os cenários tornaram-se cada vez mais detalhados e toda tentativa de abstração ou simbolismo foi condenada, como expressão de formalismo burguês e vazio, algo bem comum na época.O teatro grego na época era bem comum.